terça-feira, 28 de setembro de 2010

Surdo não é mudo!



Nascemos numa cultura que considera e mais, insiste em rotular o surdo como "surdo-mudo" na sociedade. Desde criança ouço essa expressão. Já tive curiosidade em saber se o surdo é necessariamente mudo ou vice versa, mas enfim só hoje vim tirar essa dúvida e mais que isso tentar entender este universo por uma outra perspectiva.

Hoje, no II SIEPE (Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão), acompanhando a apresentação de um Grupo de Aprendizagem Significativa - G.A.S., mais especificamente > Susan Bray Steinback, pude a partir de uma aula dada por uma pessoa surda (não muda), aprender mais não só sobre isso como também sobre a questão da inclusão deste profissional no âmbito educacional. 

Chamar uma pessoa surda de surdo-muda está ERRADO!

Mas o que é surdo? O que é mudo?
Surdo: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição.
Mudo: ausência de voz.

De acordo com a minha pesquisa, "a mudez é uma outra deficiência, totalmente desagregada à surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Através de exercícios fonoaudiológicos o surdo pode sim aprender a falar." Ele não sabe apenas pela falta de exercício, se nunca ouviu alguém falar? Portanto, "o surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons." Por isso é um erro!

Além disso eles se comunicam, tem uma língua própria e através dela se expressam! Vamos a um exemplo: uma pessoa surda lhe pede uma informação utilizando a linguagem de sinais... Provavelmente você não entenderá e se esforçará para fazê-lo a partir de gestos comuns. Então aonde está a deficiência? A "voz" está aí, é presente, mas quem não está entendo é você, entende no que eu quero chegar?

Acredito que a deficiência está no sistema que não oportuniza aos ouvintes a aprendizagem da língua que deveria ser a segunda em todo o mundo. Vale salientar que LIBRAS não é universal, como o prório nome já diz: Língua Brasileira de Sinais. Mas quero dizer que a segunda língua exigida no mundo para TODOS deveria ser a de sinais.

Ah gente, a partir de hoje pra mim a segunda língua é libras e ponto final. Tô com a maior vontade de aprender. 
Poxa, pensa aí: se todos tivessem que aprender desde pequenos uma língua que aliás é fundamental para que haja comunicação entre todos (de uma mesma nacionalidade) não haveria discriminação. Ora, se uma criança aprende desde pequena a se comunicar com uma pessoa surda, logicamente não haverá dificuldades no futuro. Numa entrevista de emprego, no mercado, no médico enfim no dia-a-dia as possibilidades de inclusão serão muito maiores. 

É nossa obrigação aprender essa língua, e não é só uma base teórica não viu, é aprender mesmo!

3 comentários:

  1. Tá aí um blog que leio e comento com todo gosto.

    PERFEITA essa postagem. Oq mais me chama atenção é que vc trouxe sua opnião atrelada ao conteúdo aprendido no SIEPE.

    Para mim, quem era surdo era mudo e vice versa. A unica coisa que diferenciava em minha opnião eram aqueles que ficaram surdos por algum motivo depois de ter adquirido a fala ou aqueles que tinham surdez parcial.

    PARABÉNSSSSSSSSS pelo blog.É o mais rico em conteúdos e extremamente simples.

    P.S.: Estou comentando em seu blog diretamente de um dos computadores do om Projeto UCA na ciranda reflexiva com o prof Nelson e VC ESTÁ NA MINHA FRENTE. KKKK DÁ UM XAU PRA MIM.

    bjuuus

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  2. Show de bola este seu post! Sabe que tbm fiz um sobre o mesmo assunto, mas o seu tá completíssimo e muito ilustrativo!!Parabéns!!!xero!!

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  3. É Chaiane,interessante a sua postagem, bem que o nosso curso Pedagogia poderia oferecer a disciplina de Libras. Infelizmente a nossa Universidade não prepara a gente para atuar com crianças com necessidades educacionais especiais

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